ESCALAS MUSICAIS: compreendendo de forma simples e como aplicá-las

Publicado por JAM Music em

por Rodrigo Borges

   

      Para falar da diferença entre as escalas e as suas aplicações, primeiramente, devemos entender o que elas de fato são. A palavra escala nos remete a palavra escada, e essa é uma ótima analogia para entender a teoria. A escala é, nada mais e nada menos, do que uma sucessão de sons (notas), como uma sucessão de degraus. Não pulamos degraus na escada, assim como não pulamos notas na escala.

       Existem escalas maiores e menores. Vamos começar conhecendo as maiores. Para ilustrar melhor, vamos pensar na escala de Dó maior. Entre as notas Dó e Ré, precisa haver um tom. Entre Ré e Mi precisa ter um tom. Entre Mi e Fá um semitom. Entre Fá e Sol um tom. Sol e Lá um tom. Lá e Si um tom. E entre Si e Dó um semitom.

      Essa relação de tom e semitom precisa ser sempre respeitada nas escalas maiores. Seguindo o ciclo das quintas – conta-se uma quinta acima para encontrar outra escala – chegamos em Sol maior. Mas se tocarmos as notas de sol a sol, vamos perceber que o padrão de tom e semitom não fecha, pois, entre as notas Fá e Sol temos um tom e não um semitom. Para corrigir essa situação, colocamos um sustenido no Fá, assim, estabelecemos um semitom entre o Fá sustenido e o sol, corrigindo as “incongruências”.

      Os acidentes que vão ser aderidos pela escala, vão se manter nas próximas. Por exemplo, a escala que vem depois de Sol maior é Ré maior. Ré maior vai ter o Fá sustenido e para continuar respeitando a relação de tom e semitom que vimos acima ele também vai ter o Dó sustenido.

       Para saber qual é o novo sustenido que a escala vai ter, basta vermos qual é a penúltima nota presente no padrão. No caso de Lá maior – escala seguinte a Ré – a penúltima nota é Sol e para respeitar as relações vistas acima colocamos o sustenido nele e mantemos o Fá e o Dó sustenido.

      Também há as escalas com bemol – contamos uma quinta abaixo para achá-la – começando com Fá. Se contarmos a relação de tom e semitom entre Fá e Fá, observamos que entre Lá e Si temos um tom, quando na verdade precisamos de um semitom. Deste modo, colocamos um bemol em Si e a proporção volta a ser obedecida. Assim como nas escalas com sustenido, os bemóis também são herdados para a próxima escala. Uma forma mais fácil de encontrar os bemóis é contar uma quarta a partir da primeira nota da escala. Por exemplo, a escala seguinte a Fá – contando uma quinta abaixo – é Si bemol maior. Para encontrar o novo bemol dessa escala, contamos uma quarta a partir de Si e chegamos em Mi. Deste modo, nota-se que Si bemol maior, vai ter o Si e o Mi bemol.

      Na escala menor a relação de tom e semitom é diferente. Voltemos para o exemplo da escala de Dó, entre Dó e Ré precisamos de um tom. Entre Ré e Mi precisamos de um semitom. Entre Mi e Fá e Fá e Sol um tom. Entre Sol e Lá um semitom. Entre Lá e Si e Si e Dó um tom.

      Para achar escalas menores de uma forma mais fácil nós podemos contar três semitons abaixo da primeira nota de qualquer escala maior. Por exemplo, a primeira nota da escala de Dó Maior é Dó. Contando três semitons abaixo chegamos na nota Lá. Se tocarmos todas as notas que temos em Dó maior, entretanto, iniciando em Lá, vamos ter a escala de Lá menor. Assim torna-se mais prático aprender escalas menores, basta olhar três semitons abaixo de todas as maiores que encontramos suas relativas menores.

      Dentro das escalas menores temos outras duas escalas, as harmônicas e melódicas. Para tocar uma escala menor harmônica você deve apenas elevar o sétimo grau – sétima nota – em um semitom. No caso de Mi menor, o sétimo grau é Ré, então devemos tocar Ré sustenido.

      A escala menor melódica precisa ter o sexto e sétimo grau elevado em um semitom na subida e na descida ele deve voltar natural. No caso de Lá menor, o sexto e sétimo grau são Fá e Sol, então, na subida elas devem ser tocadas Fá e Sol sustenido. Ao descerem devem ser tocadas naturais.

       

      Até aqui já foi possível ver a diferença entre as escalas. Existem duas formas, as maiores e as menores, e cada uma delas precisa estabelecer uma relação de tom e semitom. Mas então para que servem as escalas? A função das escalas é nos mostrar quais notas vão ser utilizadas dentro de uma música. Quando você vai tocar com um amigo e ele fala “a música está em Mi maior” você já sabe quais notas deve utilizar para tocar junto com ele.

                 

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      Categoria: Blog

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